Cacá Melo
Escritora de literatura infantil e contadora de histórias
Natural de Porto Alegre, professora há vinte anos, a autora sempre gostou de escrever poemas, contos e letras de canções. Do encantamento pela escrita, surgiu em 2013, a possibilidade de publicar sua primeira obra “Irmão? Que confusão!” que trata da chegado do irmão mais novo ao lar e do misto de sentimentos envolvidos nesta nova experiência. Com isso, nasceu também, a vontade de levar a obra até as crianças, através da contação de história como uma vivência enriquecedora, repleta de ludicidade e musicalização. Em 2014 lançou o livro “Dente mole” que aborda a temática da troca de dente e a magia que envolve a “fadinha do dente”. Em 2015, publicou pela Editora AGE, o livro “Por quê?” que fala daquela fase em que os pequenos têm muita curiosidade e de tudo querem saber! Em 2016, Cacá reformulou a sua primeira obra, já esgotada, dando a ela mais vivacidade e beleza.
Além de atender às crianças, desenvolve também, oficinas para os professores dos anos iniciais, abordando a ludicidade em sala de aula.
Obras:
Escritora de literatura infantil e contadora de histórias
Natural de Porto Alegre, professora há vinte anos, a autora sempre gostou de escrever poemas, contos e letras de canções. Do encantamento pela escrita, surgiu em 2013, a possibilidade de publicar sua primeira obra “Irmão? Que confusão!” que trata da chegado do irmão mais novo ao lar e do misto de sentimentos envolvidos nesta nova experiência. Com isso, nasceu também, a vontade de levar a obra até as crianças, através da contação de história como uma vivência enriquecedora, repleta de ludicidade e musicalização. Em 2014 lançou o livro “Dente mole” que aborda a temática da troca de dente e a magia que envolve a “fadinha do dente”. Em 2015, publicou pela Editora AGE, o livro “Por quê?” que fala daquela fase em que os pequenos têm muita curiosidade e de tudo querem saber! Em 2016, Cacá reformulou a sua primeira obra, já esgotada, dando a ela mais vivacidade e beleza.
Além de atender às crianças, desenvolve também, oficinas para os professores dos anos iniciais, abordando a ludicidade em sala de aula.
Obras:
Espetáculos:
Histórias...
Alegria...
Alegria...
Musicalização...
Cultura...
Expressão...
Leitura...
Contatos:
Página:
facebook.com/cacameloescritora
Email:
cacameloescritora@gmail.com
Fone:
(51)
98286261 tim (51) 98294508 vivo
Yossef, o judeu errado narra a história de um
homem simples, apenas um marceneiro que viveu num lugarejo com
poucas dezenas de habitantes, onde o homem detinha poder de vida e de
morte sobre sua esposa, bastava a comida mal preparada. Num abiente assim, como poderia explicar aos amigos e vizinhos que a sua mulher engravidara sem a sua participação e a sua religião dos
hebreus não justificava essa ausência? Yossef viu-se obrigado - pode-se dizer predestinado - a viver esse
drama em meio à luta entre zelotas e o exército romano, num tempo que não queria fosse eu, uma guerra que não lhe interessava e azucrinado por
uma grega andarilha que lhe propunha indagações às quais não queria
responder, obrigando-o a considerar sua própria exisência, na qual não
desjava nem pensar. Youssef, o judeu errado é ficção pura, maravilhosa hostória humana. Mais informações em http://www.josecarloslaitano.com.br/?pid=905 |
||
Pré-lançamento dia 9 de julho 2016, das 15h às 17 horas Espaço Metamorfose - Av Getúlio Vargas, 1691 (esquina Av. José de Alencar). |
REFLEXÕES SOBRE O ENCONTRO DAS SALAS AÇORIANAS DO RS/2016
A
Administração Pública Municipal de Capão da Canoa recebeu nos
dias 22 e 23 de abril de 2016, no auditório da Casa de Cultura Erico
Verissimo, o “ENCONTRO DAS SALAS AÇORIANAS DO RIO GRANDE DO SUL”,
realizado em parceria com o Instituto Cultural Português – ICP,
com o apoio da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio e o
Departamento de Cultura de Capão da Canoa, este sob minha atual
responsabilidade e chefia.
Este
encontro regional trouxe para o debate temas que consolidam a
importância da cultura luso-açoriana na formação cultural do
Estado e que, acima de tudo, evidenciam a diversidade cultural como a
base para o entendimento do “Ser Gaúcho”. É através da
pluralidade de costumes e etnias que construímos esta identidade tão
peculiar que é a do povo gaúcho. Pois nada mais oportuno do que a
temática trabalhada e discutida neste fórum tão singular:
vivenciar e evidenciar as mais variadas manifestações culturais da
matriz luso-açoriana nas nossas práticas sociais e comemorar os 25
anos de atuação das Salas Açorianas no Rio Grande do Sul.
Percebemos
neste encontro a riqueza destas ações, com belas amostras do que
acontece pelo nosso Estado e que reforçam a presença histórica da
cultura luso-açoriana na formação da nossa identidade. Destaque
para a palestra do Doutor Antonio Maia Nabais, museólogo português,
que trouxe suas vivências e experiências do “velho continente”
(acadêmicas e práticas), ressaltando a importância da preservação
de dados e fatos que se somam na construção da identidade de um
povo, de uma cidade, de uma nação. A cultura de uma sociedade se
faz com a preservação da sua história. E os museus podem ser este
belo exemplo da consolidação destes “códigos sociais”. Neste
sentido, a importância das Salas Açorianas nos municípios do nosso
Estado, que ajudam a preservar estas matrizes e, principalmente, a
compartilhar um pouco da cultura luso-açoriana entre as nossas
comunidades.
Esta
construção coletiva da nossa identidade ficou bastante evidente nas
falas dos participantes deste evento, o que corrobora para que outros
encontros como o que aconteceu em Capão da Canoa possam se tornar
uma realidade. Capão da Canoa trouxe para o debate suas experiências
culturais e sociais, que contam com a participação da sua
comunidade escolar neste processo de formação e construção da
identidade local, como o painel “A história dos açorianos em
terra gaúcha: Tecendo saberes sobre Capão da Canoa”, apresentado
pelas professoras Heleuza Carrilho Tuka de Almeida e Marcia Machado,
e ainda os painéis “Sala Açoriana vai à Escola”, por Marley
Poletto e “Salas Açorianas como Centro de Tradições Gaúchas
Luso-Açorianas”, por Deloudes Souza Costa e Catia Cirlene Pereira
Gomes, representantes do Centro de Tradições Gaúchas João
Sobrinho de Capão da Canoa, entidade esta que ainda nos brindou com
uma apresentação musical da 1ª Prenda Juvenil da 23ª Região
Tradicionalista. Nossos agradecimentos, ainda, ao presidente do ICP
Sr. António Soares e Srª Santa Inèze, Diretora Cultural do ICP,
bem como aos demais agentes da Administração Pública de Capão da
Canoa, por investirem em ações culturais deste porte para a nossa
comunidade.
Vivemos
uma era em que sentimos nossa identidade cada vez mais “volátil”,
fruto de uma cultura de massas que se expressa ou se manifesta muito
rápida e superficialmente. Sentimos, com isso, que “perdemos”
nossas raízes, ou que não conseguimos mais senti-la da forma mais
permanente. São encontros culturais de formação de opiniões e
debates como o que aconteceu em abril em Capão da Canoa que nos faz
pensar num bom futuro para nossas próximas gerações e,
principalmente, para o povo gaúcho, que seu grande e diverso
espectro cultural está sempre bem representado, e que a cultura
luso-açoriana estará sempre no imaginário das nossas comunidades
espalhadas por estes rincões do sul e para as gerações que ainda
virão.
FELIPE PINTO DAER –
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CULTURA DE CAPÃO DA CANOA GESTÃO
2013/2016
Sábado pela manhã, fazia a leitura do jornal CORREIO DO POVO (Caderno de Sábado), a edição traz uma entrevista com o escritor Ferreira Gullar, onde fala, dentre outras coisas, da reedição do seu livro "Dentro da Noite Veloz" (1975)... destaque para o poema "NÃO HÁ VAGAS", onde ele fala das coisas que não cabem no poema... de uma forma muito irônica e original... qualquer semelhança com o nosso presente é mera coincidência...
NÃO HÁ VAGAS
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão.
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que se esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado: "não há vagas".
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço.
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
Ferreira Gullar.
EXPOSIÇÃO PÚBLICA DO TEXTO BASE DO PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DE CAPÃO DA CANOA NA CÂMARA DE VERERADORES
Acontecerá
na próxima segunda-feira dia 01 de junho de 2015, em espaço aberto da
seção ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Capão da Canoa, a
exposição pública do texto base que fundamentará o PLANO MUNICIPAL DE
CULTURA DE CAPÃO DA CANOA, documento este que vem sendo construído com a
participação da comunidade cultural de Capão da Canoa desde 2009,
quando foi realizada a 1ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA.
Vários
avanços já foram dados na formatação deste documento, que teve sua
construção novamente revisada em 29 de maio de 2013, data da 2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA,
no auditório da Casa de Cultura Erico Verissimo, e que contou,
novamente, com a presença importante de seus agentes culturais locais,
bem como da participação de diversos agentes públicos municipais dos
poderes Executivo e Legislativo, representantes do Ministério da
Cultura/Regional Sul, CODIC/FAMURS e representante cultural da
UNESCO/Região Sul.
Neste
ínterim, um esboço deste importante documento foi entregue ao Sr.
Prefeito Municipal Valdomiro Novaski, que, posteriormente, passou pela
análise da Procuradoria Jurídica Municipal. A exposição pública deste
texto, agora, é de suma importância para que, num futuro próximo,
possamos transformar estas proposições culturais em projeto de Lei, e
que as ações públicas culturais possam se fortalecer e adquirir a
estabilidade de Políticas de Estado para o nosso município.
Esta nova etapa deste documento base, que servirá para a elaboração do PLANO MUNICIPAL DE CULTURA,
é mais uma demonstração da maturidade dos poderes públicos municipais
de articular, juntamente com a sociedade civil, novas práticas culturais
públicas que promovam o crescimento da nossa comunidade, neste caso
especial, de todos os agentes culturais que se somam na construção da
identidade da comunidade de Capão da Canoa.
Felipe Daer – Diretor Departamento de Cultura de Capão da Canoa.
PINTURA DE ESTER FABIANE STEREMBERG
MULHER... A CONQUISTA DE TODOS OS DIAS
O
mês de março é o mês da mulher... uma conquista histórica e
emblemática... um verdadeiro símbolo da luta de gerações de mulheres que
buscaram a valorização e o respeito... muitos avanços sociais já se
materializaram... muitos outros ainda estão por vir... mas o que
realmente deve ser destacado é o combate incansável que a mulher trava
pelo reconhecimento do seu papel... da mulher mãe... da mulher
profissional... da mulher dona de casa... da mulher política... da
mulher idealista... todos tão relevantes e muitas vezes presentes numa
única expressão... MULHER!
É
nosso dever evidenciarmos seus anseios e os avanços de suas
conquistas... e este esforço deve ser diário... pois diário é o exemplo
de vida, de luta e de dedicação de cada mulher, indiferente do papel que
desempenhe...
MULHER... um manifesto declarado de amor, esperança e fé na nossa existência...
MULHER... OBRIGADO!!!
FELIPE DAER – DIRETOR DEPARTAMENTO DE CULTURA DE CAPÃO DA CANOA
8 de março = Dia Internacional da Mulher
MARIZA SIMON DOS SANTOSProfessora e historiadora
Não simpatizo com a ideia de uma data dedicada somente à mulher. Acredito na parceria homem-mulher. Ambos os sexos são merecedores de uma homenagem especial. Mesmo assim, sendo a data comemorada na maioria de países de nosso planeta , por solicitação, não vou me furtar a dar algumas opiniões.
Não resta dúvidas de que a mulher conquistou, e merecidamente, seu lugar nas sociedades ocidentais. Usos e costumes mudaram ao longo dos últimos cinquenta anos. Para minha geração (década de 30) aconteceram avanços significativos para a afirmação do sexo feminino.
Lembro-me de meus tempos de juventude. “Moça não saía sozinha á noite, não namorava sem a presença de um dos pais (geralmente a mãe ou uma tia solteirona ) , o namoro não passava da troca de olhares ou de um furtivo aperto de mãos, a virgindade era uma questão intocável ( as moças “faladas” não frequentavam os bailes da sociedade), oportunidades profissionais eram raras ( só o magistério acenava como uma ocupação longe do fogão), enfim eram tantos os óbices impostos às mulheres que a maior realização era o casamento, que lhes dava condição de sair da casa dos pais, e tantas outras situações particulares.
Não pretendo generalizar este comportamento mas, na sua maioria, as mulheres se limitavam a servir ao marido, ter filhos e gerir o lar, ( as tão endeusadas “donas- de- casa”, sustentáculos da família, que mascaravam as angústias e questionamentos femininos). A ativista Betty Friedan revolucionou o mundo feminino com seu movimento nos Estados Unidos, (década de 60) logo seguido por outros países, com diferentes graus de intensidade. A tese defendida pelo seu trabalho literário- “Mística Feminina” (1963) abriu espaço para movimentos reivindicatórios de mulheres em diferentes lugares.
Porém, o contraceptivo hormonal (a pílula) lançado em 1960 nos Estados Unidos , foi a libertação social da mulher. Movimentos como os de Woodstock, dos “hippies-paz e amor”, a efervescência da juventude foram importantes para mudarem os costumes e abrirem significativos caminhos.
Após o surgimento da “pílula” a mulher tornou-se dona de seu corpo e de seu prazer. Foi sua independência, uma revolução cultural, pois já não estava mais atrelada a preconceitos e submissão. Nos 50 anos seguintes , foi conquistando posições com seu esforço e trabalho , num mundo, até então, somente masculino.
Neste século XXI, se faz necessária uma reflexão sobre as conquistas das mulheres e seu papel social como parceira do homem, em busca de um mundo mais harmonioso e desenvolvido, com oportunidades para todos. Em alguns países europeus já se encontram questionamentos e indagações sobre as consequências sociais da liberação feminina , buscando um novo redirecionamento do papel feminino na sociedades modernas.
Mulheres.... e por que as pinto?! Por que inspiram tanto minha alma inquieta e curiosa? Quando as vejo na rua, nas cidades, nos trabalhos, nos lares, nos bares, na vida... Elas levam consigo o mistério e a realidade ao mesmo tempo. As observo, analiso, gestos, sorrisos, olhares e caminhares..... vagarosos e apressados. E quando estou com o pincel na maõ ?! parecem todas vir a tona querendo sair, querendo dizer, se mostrar e pronunciar "estou aqui, com as minhas alegrias, com tristezas: profundas e passageiras, mas estou aqui e sabes que de mim poderás ter sempre minhas forças misturada com minha suavidade, minha severa doçura, em fim, minha essência". E fogem ao controle do meu controle, comandando o pincel e as cores ......."mais vermelho......gosto de flores......não estou feliz, não tentes desenhar um sorriso em mim.........falta algo.......ainda não estou pronta.......trabalha em mim mais um pouco........chega, chega já gostei assim." Quando as desenho e a cor começa a dar suas primeiras formas, me vejo e vejo as antigas mulheres que formaram as trilhas por onde transito e que se cruzam com novos caminhos de outras mulheres que também viajam por onde outras também passaram, que fizeram desses caminhos exemplos de entrega de amor de beleza trazendo para a historia da humanidade a própria HUMANIDADE. A todas as que foram, as que são e ás que estão vindo ......PAZ SABEDORIA AMOR.
Mulher
Me pediram para escrever sobre a mulher. É difícil descrever todos os encantos e enumerar os valores de quem nos conduz.
Desde
que nasce, a criança é embalada e guiada por mulheres. Avós, mães,
irmãs, amigas, professoras. Não é preciso dar a luz para saber como
conduzir uma criança. É preciso amor e bondade. È dentro deste coração
bondoso que mora a verdadeira mulher.
Sempre admirei todas as mulheres.
Há
aquelas que nascem em berços mais dourados e outras que não tem tanta
sorte. Batalhas todas enfrentam de uma forma ou de outra. Os desgostos,
as doenças são iguais para qualquer ser humano.
Mas,
há aquelas que precisam provar que são mais fortes e o jogo de cintura
as deixa mais elegantes. Ela que prepara o alimento para os seus, mesmo
quando os recursos são mínimos e se alegra vendo todos a mesa. A alegria
sacia mais que o escasso alimento.
O
trabalho de comandar um lar com todos os problemas. O marido cansado, o
filho doente, a falta de dinheiro para cobrir tanta despesa. E ela só
pode chorar a noite, quando fica sozinha com o coração apertado de dôr. É
nestas horas que ela encontra acalento, pois a fé que a faz viver, toma
conta de seu ser e a coragem e fôrça inundam o seu corpo e seu coração.
Vai resistir.
Aprendi a batalhar pelo que quero seguindo exemplos de mulheres maravilhosas que tive o prazer de conviver na minha vida.
Minha
avó que obedecia e dependia do marido, era forte e me ensinou a
respeitar as pessoas. O amor que ela me ensinou eu passo para os meus
netos queridos.
Minha
mãe, guerreira sem brigas, fazendo da paz no seu lar, as armas para
educar os filhos e dar valôres que nunca serão esquecidos.
Minha filha, competente, determinada, que mesmo tendo metade da minha idade, já me ensinou tantas coisas.
Tenho
sorte de conviver com todas estas mulheres que descrevi aqui e com
estas que estão me ouvindo. Continuo aprendendo com voces todas e
seguindo o exemplo de bondade, amor, determinação e sobretudo carater.
São estas mulheres que quero homenagear com estas palavras de sincero reconhecimento por tudo que aprendi.
Silvania Maria Anderson
Artista plastica
membro da AELN
fone:(51)9552
silvaniamanderson@yahoo.com.br
Aguapé - Fagner e Belchior
https://www.youtube.com/watch?v=4yeitTxbvyE
O Frio
Aqui
entre nós! Achas que estás muito perto de mim? E eu te digo que estás
apenas encostada em mim. É grande a distância entre nós, quase setenta
anos.
Em
todo esse tempo passaram-se tantas coisas que desconheces. Por exemplo:
Brincaste com boizinhos de sabugo? Não, né? Sabias que no meu tempo não
se encontrava para comprar essas bonecas lindas com que brincas hoje?
Bem, eu nem brincaria com elas, é coisa de menina.
Eu
já era bem grande e tive que fazer meus próprios brinquedos: Tive que
construir carrinhos de madeira para brincar na lama quando chovia.
Ah,
e quando não chovia eu jogava bola. Qualquer bola: de meia, de trapos
enroladas em fios que retirava do rolo que a vovó usava para fazer
mantas tecidas em um antigo tear de madeira.
O tear era tão rústico e antigo que parecia pintado de suor misturado ao sangue de suas mãos calejadas.
Mas
sabe de uma coisa? A vovó também me dizia que eu estava distante dela
no conhecimento da vida. Eu achava que não, até ajudava ela a desenrolar
os fios de fazer mantas.
Hoje
eu entendo o que ela queria dizer. Tu também entenderás um dia, pois
essa distância que te falo é apenas o recheio dos sonhos de quem durante
a existência quer brincar com todos os brinquedos que a vida vai
construindo e com todas as crianças que, através de gerações, vão
ajudando a desenrolar os fios com que tecemos as mantas que aquecem
nossos corações. Vamos entrar. Tá tão frio aqui.
CAPÃO DA CANOA
Lânguida esteira de horizontes distantes;
De caminhos tortuosos em todo o teu corpo;
Seios prenunciando a acolhida generosa;
Tua pele cálida a acolher teus amantes.
Nasceste para satisfação de quem procurava
ao longe o prazer e a volúpia jamais encontrada.
Cresceste ao som da laboriosa entrega
ao homem audacioso que não foge de nada.
Da natureza recebeste os novos contornos;
Entregando-te à exigência do homem moderno.
Guardas ao teu lado a fraterna elegância,
demarcando os limites da menina mulher.
Conservando a magia de quem a conheceu menina,
a correr pelos campos a balançar as tranças.
Ignoraste quem mutilou teu ventre nas profundezas,
para gozo de uns poucos que não suportavam
admirar sem tocar teu corpo e tua beleza.
Levantaste das quedas que dividiram teu ser,
olhando nos olhos e acolhendo sem medo
aqueles que respeitaram a tua nobreza.
Teus amantes verão sem dúvida na tua alegria:
A luz que resplandece de teu sorriso verdadeiro e,
como mãe, abrir teus braços e dizer sem mágoas:
Serei a eterna morada de quem me amou primeiro.
ARTUR PEREIRA DOS SANTOS - Bancário aposentado. Membro da Academia dos Escritores do Litoral Norte Gaúcho - AELN
contato: arturarturpsantos@gmail.com
contato: arturarturpsantos@gmail.com
"A Casa"
É preciso dizer
ainda mais importante é sentir,
ter o coração inundado de arte
saber que ela conta conosco para expressar-se
É preciso culturar
ainda mais importante é cultivar.
ter nas mãos as tintas do entrelaçamento.
saber que só pintarão com nosso envolvimento.
É preciso casar
ainda mais importante é habitar
ter na imaginação as secretas letras
saber que só pintarão com nosso envolvimento.
É preciso obrar
ainda mais importante é ajudar
ter no sangue a mágica vontade
saber que valor independe de hora e de idade
É preciso voar
ainda mais importante é com você contar
ter no sangue a mágica vontade
saber que valor independe de hora e de idade
Vem amar. vem culturar,
a casa te espera
pra a arte transbordar
Rodrigo Rocha - Jul/14
Essa é uma iniciativa do Todos Pela Educação, um movimento da sociedade brasileira que tem como missão contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o País assegure a todas as crianças e jovens Educação Básica de qualidade.
http://www.5atitudes.org.br/
Dia do professor
Hoje comemoramos o nosso dia.
Que
consigamos acreditar que um amanhã melhor – de respeito, de
valorização, de acolhimento – vire realidade para cada um de nós. Que
não sejamos alvos da política ruim: a que só nos enxerga como heróis
quando precisam do nosso voto.
Que os pais e os alunos acreditem no que pregamos: o saber é o valor mais precioso que a pessoa pode se presentear. E só depende desta dupla: professor e aluno.
Que os pais e os alunos acreditem no que pregamos: o saber é o valor mais precioso que a pessoa pode se presentear. E só depende desta dupla: professor e aluno.
Quero
deixar aqui, neste espaço, um abraço carinhoso a cada professor que
vive em Capão da Canoa. Aposentado ou na ativa; funcionário público ou
particular.
Elza Lisbôa Motano - Professora vice-presidente do conselho municipal de cultura e patrimônio histórico de capão da canoa - COMUC
Elza Lisbôa Motano - Professora vice-presidente do conselho municipal de cultura e patrimônio histórico de capão da canoa - COMUC
Choro a Sorte, Não a Morte
Brinco de Poesia
Seguindo a vida
Rindo da sorte
Chorando a morte
Brinco com a morte
Brindando a vida
Vivendo a poesia
Cantando com a sorte
Brinco com a sorte
Sonhando poesia
Saudando a morte
Buscando a vida
Brinco com a vida
Esperando a morte
Construindo a sorte
Distribuindo poesia
Choro Poesia
Pra continuar sorrindo a vida
Seguindo a vida
Rindo da sorte
Chorando a morte
Brinco com a morte
Brindando a vida
Vivendo a poesia
Cantando com a sorte
Brinco com a sorte
Sonhando poesia
Saudando a morte
Buscando a vida
Brinco com a vida
Esperando a morte
Construindo a sorte
Distribuindo poesia
Choro Poesia
Pra continuar sorrindo a vida
Autora: Nadine Motta
Grupo Teatro Família D Atuadores
Sebastião Salgado
Sebastião Ribeiro Salgado é um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade.
Links de Fotos
https://sites.google.com/site/7e5histfoto/sebastiao-salgado
http://www.eca.usp.br/nucleos/cms/index.php?option=com_content&view=article&id=67:sebas
10 anos da Casa de Cultura Érico Veríssimo
Revisitando minhas memórias lembro-me muito bem dos primeiros momentos da Casa.
Após a inauguração nos últimos dias de dezembro nos
perguntávamos como faríamos para a Casa funcionar. Inaugurada na troca
do governo municipal tínhamos a concordância do então Prefeito Oscar
Birlem em criar uma Fundação para dirigi-la. Muitas dúvidas restavam....
No
ano seguinte (2005) com um novo governo recém eleito (Jairo Marques)
pessoas e artistas, que já desenvolviam projetos na área cultural, se
perguntavam sobre o futuro da Casa. Em março/abril aconteceu a primeira
reunião coordenada por Janete Picolli, indicada responsável pela
estruturação da Casa recentemente inaugurada.
Salas
vazias, um esboço de ocupação elaborado pelo então Presidente da Casa
do Artista Caponense, advogado Ubiratan Porto, muitas incertezas e
dúvidas povoavam as cabeças pensantes sobre como seria a nova estrutura
cultural da cidade. Capão da Canoa não conhecia uma política cultural.
Tudo a ser feito.
Com a participação de Valéria Oliveira aos poucos foram sendo elaboradas atividades e projetos. Muitas e sucessivas ideias foram surgindo. Devagar a Casa começou a funcionar.... Reuniões sob a liderança de Janete, ideias
sendo aventadas, mãos à obra.... A Casa surgiu como pertencente ao
Departamento de Cultura (integrada à Secretaria de Cultura, Desporto e
Turismo) coordenado por Renata Tolentino.
Foram
criadas as “Quartas Feiras Teatrais” no período do verão, trazendo
muitas crianças e pais para assistirem os diferentes gêneros teatrais
que se apresentavam: peças infantis,
circenses. humorísticas, etc. Oficinas de violão e flauta, com alunos
de diversas idades eram aplaudidos nas escolas, bares, supermercados,
etc. Mostrando
o trabalho artístico realizado na Casa; Festival de Coros, trazendo
corais do Estado e estrangeiros convidados pela Fundação Pro Musica,
a mais antiga Associação Cultural da cidade, o espetáculo do “ Jazz 4 “
com Luiz Fernando Veríssimo, os inúmeros seminários de debates e
comunicação, os Encontros Culturais intermunicipais, as Feiras do Livro
criadas a partir de 2007, tendo como patronos nomes significativos da
intelectualidade gaúcha como Luiz Fernando Veríssimo, Sérgio Napp, Caio
Ritter, Alcy Cheuiche, o falecido imortal Moacyr Scliar, profa. .Jane
Tutikian e Carlos Urbim.O sucesso de público e de vendas sempre foi
enorme e as Feiras do Livro no período pascal se tornaram tradicionais
para moradores, turistas e visitantes.
Lembro-me
dos inúmeros debates e discussões sobre a necessidade de um Conselho
Municipal de Cultura que elaborasse diretrizes para uma política
cultural, criado em 2006 (Lei 2266/2006 ) e em plena atividade.
Quero
destacar entre as diferentes ações em prol da educação e cultura
sobressai, atualmente, o trabalho das Oficineiras Glaucia, Jone e Jaqueline com alunos das escolas municipais, apresentando os espetáculos artísticos de “O Pequeno Príncipe” e “O Mundo Mágico de Erico Veríssimo” na cidade e localidades vizinhas, inclusive no Teatro da Assembleia Legislativa em Porto Alegre.
Hoje,
visitando a Casa de Cultura Érico Veríssimo pude constatar o trabalho
que está sendo realizado. A Casa está revitalizada com pintura interna,
algumas modificações (Telecentro) e melhoramentos como a inserção de uma
cafeteria em seu saguão, que certamente acolherá seus visitantes,
amantes da arte e da cultura.
Parabéns
ao Prefeito, dirigentes da CCEV e funcionários, bem como a todos que
ali trabalham em prol do desenvolvimento cultural deste município.
Mariza Simon dos Santos Professora aposentada,
Pós-graduada em Educação,
Patrimônio Cultural e
Mestre em História da Cultura Brasileira.
Pós-graduada em Educação,
Patrimônio Cultural e
Mestre em História da Cultura Brasileira.
Cântico Gaúcho
Senhores!... Vos agradeço por aqui nascer,
No pó desses planaltos centauros - renascer
Lendário de um povo, de um sonho - tradição!
Cancioneiro das falas, reponteiro do amor,
Dessa alma - esse poema escrito com fervor,
No ardor das epopéias que escoram a amplidão!
No pó desses planaltos centauros - renascer
Lendário de um povo, de um sonho - tradição!
Cancioneiro das falas, reponteiro do amor,
Dessa alma - esse poema escrito com fervor,
No ardor das epopéias que escoram a amplidão!
Ali... logo afora, ao gemer do minuano,
Que mais e mais com o passar dos anos
De saudades tantas - chora e ri!
Vede: lá bem no quebrar da coxilha,
Em que às noites a patrulha maltrapilha
Murmura por um século: eu venci!
Que mais e mais com o passar dos anos
De saudades tantas - chora e ri!
Vede: lá bem no quebrar da coxilha,
Em que às noites a patrulha maltrapilha
Murmura por um século: eu venci!
E se canto, nesta hora que a Glória incita,
Não posso deixar de beijar um véu de chita,
A mão da História que no Tempo vem louvar...
Povo érguio é aquele que se respeitado,
Ama, sonha, luta e busca em seu Passado
A chama heroica e viva, o mundo a cinzelar!
Não posso deixar de beijar um véu de chita,
A mão da História que no Tempo vem louvar...
Povo érguio é aquele que se respeitado,
Ama, sonha, luta e busca em seu Passado
A chama heroica e viva, o mundo a cinzelar!
Sim! Se hoje todo o obreiro tem seu malho
E se eu vejo em vossas faces, sem agasalho,
O rude trato ou a falha de expressão...
Eu bem sei que é o maior dos enganos!
Pois lá dentro, se pialo aos desenganos,
Palpita... descontrolado - um nobre coração!
E se eu vejo em vossas faces, sem agasalho,
O rude trato ou a falha de expressão...
Eu bem sei que é o maior dos enganos!
Pois lá dentro, se pialo aos desenganos,
Palpita... descontrolado - um nobre coração!
E quando à noite - do rancho à viração,
A voz dos Pampas uivas nas fendas e de emoção
O velho guasca abraça o filho e pôe-se a falar...
Vereis, então, que todas as preces desse mundo,
Todo o bem! As bênçãos! O próprio céu profundo
Se reúnem ali - com a Vida a continuar!
A voz dos Pampas uivas nas fendas e de emoção
O velho guasca abraça o filho e pôe-se a falar...
Vereis, então, que todas as preces desse mundo,
Todo o bem! As bênçãos! O próprio céu profundo
Se reúnem ali - com a Vida a continuar!
Pois se olhardes bem para esse quadro,
Vereis que é o Rio Grande - idolatrado!
Que no amor das gerações pulsa sem cessar...
E se no alto de um capão a cruz descansa,
Sabe o pai que seu filho enverga a lança
Como soube ele por sua trilha carregar!
Vereis que é o Rio Grande - idolatrado!
Que no amor das gerações pulsa sem cessar...
E se no alto de um capão a cruz descansa,
Sabe o pai que seu filho enverga a lança
Como soube ele por sua trilha carregar!
Sim! Senhores - se hoje essa comédia mundana,
Vos verte tamanha sorte, a paixão que irmana
Esse solo que acolhe vossos entes num réquiem...
Eu vos digo: que se proclame a Eternidade,
Ela é o pulsar dessas fazendas e cidades
Alardeando o progresso em vosso amor - além!
Vos verte tamanha sorte, a paixão que irmana
Esse solo que acolhe vossos entes num réquiem...
Eu vos digo: que se proclame a Eternidade,
Ela é o pulsar dessas fazendas e cidades
Alardeando o progresso em vosso amor - além!
Ser gaúcho - é fitar do auto ao pingo alado,
Esse reboar de boiadas, do trigo batejado
Pelo vento, é ver o infante crescer a sorrir...
É saber que no tumultuar dessas ruas.
Na fumaça das chaminés, no canto das charruas
Não passa o Homem - mas se augusta o porvir!
Esse reboar de boiadas, do trigo batejado
Pelo vento, é ver o infante crescer a sorrir...
É saber que no tumultuar dessas ruas.
Na fumaça das chaminés, no canto das charruas
Não passa o Homem - mas se augusta o porvir!
Ontem - foi o Vinte de Setembro alcandorado!
A turba alada dos Farroupilhas - o fado
Da Gente imortal que o Rio grande escreveram...
Hoje - se o sabre repousar na tumba respeitada,
A recompensa é saber que pela senda preparada,
Persiste o exemplo e o valor dos que venceram!
A turba alada dos Farroupilhas - o fado
Da Gente imortal que o Rio grande escreveram...
Hoje - se o sabre repousar na tumba respeitada,
A recompensa é saber que pela senda preparada,
Persiste o exemplo e o valor dos que venceram!
Por isso é que o coração do Gaúcho não morre!
Como a terra, ele é o canto do Quero-Quero, corre
Pelo minuano entre as frias noites e o céu azul...
E que - enfim do berço dos heróis que dormem
Ao rebento novo, eterniza do Pago - o Homem,
Na imortal glória do Rio Grande do Sul!...
Como a terra, ele é o canto do Quero-Quero, corre
Pelo minuano entre as frias noites e o céu azul...
E que - enfim do berço dos heróis que dormem
Ao rebento novo, eterniza do Pago - o Homem,
Na imortal glória do Rio Grande do Sul!...
O Canto do Visor (1976)
Em memória de Ubiratan Porto
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